AIDS E ADOLESCENCIA


                                                                                                                                 Valéria Petri

Introdução

Segundo Valéria Petri, os adolescentes, do mesmo modo os adultos estão sujeitos ao desgosto das doenças venéreas como consequência negativa da prática sexual, sendo assim o resultado desse  processo muitas vezes pode estar relacionado com a liberação dos costumes, privações da pobreza, opção pessoal, imposição de um grupo social que pertencem ou a exposição pela violência nas suas diversas formas.

Para entendermos melhor, tornemos o caso de prostituição como uma alternativa pessoal, porém ligada a necessidade de conseguir dinheiro, tendo a fantasia de sucesso fácil, sendo assim se tornado uma espécie de mercadoria divulgada nos meios de comunicação, despertando o interesse para o consumo, mas “desde que acompanhada de remuneração significativa, a prostituição deixa de ser aviltante para ser assimilada como atividade produtiva igual às outras”.(p.351).
Contudo a falta de perspectiva de um futuro e a precariedade educacional revelada nas regiões pobres, leva a um crescente aumento no numero de caso de gravidez na adolescência.
Entretanto nota-se que a prática sexual adulta passou a ser escolha natural do adolescente moderno, porém ele deve ter em mente que todo ato que se consuma tem consequências e responsabilidades, mas é muito difícil ele assumir os efeitos do seu amor adulto, isso só acontecerá se tiver uma situação favorável.
Nesse contexto os adolescentes agem de acordo com as tendências ou instituições, recebendo maior ou menor influencia, sempre buscando os extremos de um lado, nunca tentando encontrar um equilíbrio.

Organizado Ideias em Torno de Ações Preventiva Contra DST e AIDS Entre Adolescentes 

Primordialmente o conhecimento prévio de determinadas doenças sexualmente transitiveis amplia o repertorio de prevenção, sendo uma forma de evitar a transmissão dessas doenças , pois o que deve acontecer nessa fase é ele tomar como desafio de não ter contrair nenhuma doença sexual, claro que se o jovem  gosta de sua vida, isso é um ótimo recurso motivacional.
Entretanto em tempos atrás, contrair gonorreia era um troféu e virilidade, no entanto isso mudou quando houve o aparecimento da AIDS, assim os pais preferiam que os filhos se exercitassem com meninas bem nascidas. Nesse meio tivemos uma transição, da vontade sexual precoce para posteriormente uma experiência marital. Isso foi crucial para que as meninas se desenvolvessem sexualmente precocemente, pois tinha que dar conta da demanda sexual de jovens homens que precisavam de uma parceira livre de doenças. Isso passou a ser um campo propicio para que a mídia explorasse de forma exorbitante, promovendo o sexo como sinônimo de felicidade.
E nesse meio os pais modernos e liberais aceitam essa imposição acreditando que a orientação sexual que eles devem fazer e recomendar o uso do preservativo. Mas o pior de tudo que por essa falta de instrução os meios informativos aproveitaram essa brecha para tirarem alguma vantagem disso tudo, propondo formulas e maneiras de se aproveitar esse momento o mais satisfatório possível. A real situação é que os jovens vão cada vez mais se tornando reféns do que eles mais almejam, por não ter recurso suficiente e autonomia financeira suficiente para sustentar essa situação, sendo assim quem paga a conta no final da historia e a sociedade.
Contudo atualmente e muito comum a incidência de DST e a infecção pelo HIV durante a adolescência, atingindo níveis altos de contaminação destas mesma, a chance cresce se o inicio da vida sexual se inicia precocemente, sendo assim jovens de ambos os sexos acabam se expondo e tendo a possibilidade de contrair herpes genital, papiloma vírus entre outros, que facilitam a instalação do HIV, em caso de contato sexual com pessoa contaminada.
Mediante essas condições e muito importante que os profissionais da saúde tenham conhecimento sobre essas doenças e de como elas são transmissíveis. No caso do educador é muito importante saber o que dizer, pois e essencial destacar em palestras ou em aulas algumas definições ou até mesmo o que debilita o organismo do individuo quando se contrai, por exemplo, o HIV, alertando que quem contrai esta doença está mais suscetível a outros tipos de doenças como infecções ou até mesmo alguns tipos de câncer.
Sendo assim, essa doença é definida pelo aparecimento de doenças oportunistas que aproveitam da baixa imunidade do organismo para se manifestarem, desse modo, aquele que é portador desse vírus acaba se tornando transmissor também. Esse vírus acaba se instalando no sangue e nos fluidos ou secreções genitais do homem e da mulher

A transmissão do HIV dá-se, Portanto, nas Seguintes Condições
−Transfusão de sangue ( e seus derivados)
−Por meio de agulhas e seringas não esterilizadas ou compartilhadas com pessoas contaminadas com o HIV.
−Nas relações sexuais em que haja contato com secreções sexuais do homem e da mulher.
Na gravidez, no parto e na amamentação, se a mãe estiver contaminada com o HIV.

Como não se Pega AIDS

−Beijando na boca, no rosto ou na mão.
−Abraçando, beliscando, empurrando, apertando a mão
−Deitando na mesma cama, sentado na mesma poltrona, cadeira, sofá, banco de escola ou banco de ônibus .
−Lavando as roupas no mesmo tanque ou lavadora
−Usando mesmos travesseiros, fronhas, lenções entre outros .
−Vestindo as mesmas roupas
−Sentando no mesmo vaso sanitário. Usando a mesma toalha de rosto ou de banho, a mesma pasta de dente.
−No dentista ou doando sague.
−Entre outros fatores .

Regras Básicas de Prevenção

−Nas relações sexuais nunca deixe de usar camisinha, mesmo que conheça há muito tempo com quem vai estar e tenha as melhores referencias sobre ela.
−Não há desculpa para não usar a camisinha.
−Nunca pense que isso não vai acontecer com você. Pode acontecer com qualquer pessoa.
−Não pense que o casamento e o fato de ser casado protege você. Se você for casada, não se acomode. Muitas mulheres casadas se contaminam com seus maridos.
−Use camisinha, mesmo que esteja absolutamente seguro de que não tem nenhuma doença.
−Varias doenças que se transmitem pelas relações sexuais podem favorecer a infecção pelo vírus da AIDS.
−Qualquer pessoa pode estar com um ou mais agentes causadores de doenças sexualmente transmissíveis soem saber disso.
−Não conte com a sorte e com a possibilidade dele (ou dela) não apresentar doença. Isso pode comprometer sua vida para sempre.
− O vírus do imunodeficiência humana( HIV), assim como o herpesvirus(HIV), pode ficar em estado de latência-assim é o portador assintomático- durante muitos anos. Exames de sangue especializados podem identificar esses agentes.
−Nunca compartilhe agulhas e seringas.
−Exija esterilização dos instrumentos de trabalho dos médicos, dentistas, ocupunturistas, manicures, pedicures, barbeiros e tatuadores.
−Exija sangue testado nas transfusões.

A AIDS e a Adolescência   

Atualmente nenhuma nação pode negligenciar a doença do HIV como um dos mais graves problemas de saúde publica. Consequentemente a AIDS e um fato novo e real, podendo ser desastroso na vida de uma pessoa, ainda mais se for um adolescente, pois tudo que ele mais repugna, como a rejeição social, sofrimento físico e moral, impossibilidade de sobrevivência sem sobressaltos, morte prematura, carcada de todas as fantasias de destruição, está contida no estereótipo da AIDS. Passando por um estado de redimensionamento para que possa lidar com seu futuro sombrio.
Nesse contexto o adolescente com essa doença tem que ter informações sem meias palavras, saciando o que eles desejam saber, informando a eles o que é a AIDS, como se transmite de fato, como se manifesta, quanto tempo se passa entre a contaminação e o surgimento dos primeiros indícios de doença, da onde ela veio. Mas os médicos tem que estar atentos, pois nem sempre os sintomas que se remete a ela, pode ser considerado como um quadro de infecção, no entanto o jovens pode ter desenvolvido algum tipo de transtorno que o leva a pensar que a adquiriu.
Entretanto houver suspeita se deve fazer a solicitação do teste, obedecendo aos critérios ditados pelo bom senso, sendo assim, temos que ter em mente a preocupação com o estado emocional do adolescente, tendo uma assistência terapêutica para combater o medo de fazer o exame, ou de como lidar com essa nova situação.
Conforme as palavras da autora podemos concluir que :

                                          
                                             deve-se ter claro que a luta contra a AIDS não é, em si, a luta conta determinada patologia, ainda que para esta não exista, em nossos dias, a cura. É, antes de mais nada, o resgate da cidadania, do direito ao exercício da sexualidade como coisa de vida e não como proposta que traz embutida a morte. (p.361).
                                                     

Nesse contexto o adolescente tem saber lidar com essa nova situação e tem apoio familiar e psicológico para enfrentar esse período de sua vida, sabendo entender que é possível viver com a doença e ter uma vida absolutamente normal.



















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