O RISCO DA PRÁTICA DE FUTEBOL EM HIPERTENSSOS DE CLUBE RECREATIVO E ESPORTIVO.


Resumo:
Introdução: As doenças crônicas normalmente têm progressão lenta e silenciosa e são as principais causas de mortalidade no mundo. Inúmeros estudos epidemiológicos em adultos têm apontado a relação existente entre os fatores de riscos cardiovasculares e o desenvolvimento da doença arterial coronariana, dentre eles destacam-se a hipertensão arterial, a dislipidemia, o sedentarismo e a obesidade, particularmente a de distribuição central. Objetivo: Investigar a incidência de homens hipertensos e obesos praticante de futebol em um clube esportivo e recreativo da cidade de Paranavaí-Pr. Materiais e métodos: Participaram do estudo 83 indivíduos do sexo masculino com idade entre 35 a 65 anos. Na análise dos dados foi utilizado o (Δ%) para aplicar os resultados em percentuais, e utilizado a média estatística para dados como idade e resultados de IMC. Foram avaliados os fatores de riscos como, hipertensão arterial, 30 minutos após o término. Também foi averiguado a altura e o peso para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Resultados: Foi observado que 24,10 % dos indivíduos apresentam obesidade e 46,99% sobrepeso. Os resultados também mostram que 32,53% apresentam hipertensão arterial. No entanto, constatou-se que 55,43 % deste universo são praticantes de atividade física de 3 a 5 vezes por semana. E ainda, 44, 57%, não atingem níveis desejáveis para se atingir um quadro de vida saudável. Conclusão: O exercício físico praticado por este grupo não esta adequado, mediante as alterações antropométricas e hemodinâmicas, pois os mesmos realizam essa prática sem orientação profissional e não seguem nenhum programa de treinamento específico.

Introdução

As doenças crônicas normalmente têm progressão lenta e silenciosa. Dentre elas pode-se constatar que as doenças cardíacas, acidente vascular cerebral e diabetes, são as principais causas de mortalidade no mundo, representando 73% das mortesOut of the 35 million people who died from chronic disease in 2005, half were under 70 and half were women. e 60% da carga global de todas as doenças. (WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO, 2011). Inúmeros estudos epidemiológicos em adultos têm apontado a relação existente entre os fatores de riscos cardiovasculares e o desenvolvimento da doença arterial coronariana, dentre eles destacam-se a hipertensão arterial, a dislipidemia, o sedentarismo e a obesidade, particularmente a de distribuição central. Nesse ponto pode-se notar que as doenças cardiovasculares são responsáveis pela maior taxa de mortalidade e morbidade além de representar elevados custos sociais e econômicos para a saúde pública, sendo um problema de crescente prevalência principalmente nos grandes centros e na população de faixa etária mais elevada, sua mortalidade corresponde a 80% dos óbitos por doenças cardiovasculares (NASCIMENTO, 2002; STUMER,  HASSELBACH e AMELANG, 2006). Evidências científicas indicam que a prática de exercício físico contribui para o controle, tratamento e prevenção de muitas doenças, principalmente com relação às enfermidades cardíacas. Assim o foco principal foi investigar a prevalência de fatores de riscos cardiovasculares em indivíduos do sexo masculino praticantes de futebol em um clube esportivo e recreativo da cidade de Paranavaí-Pr, afim de traçar o perfil deste atletas de finais de semana, para então realizar um trabalho de intervenção, conseientizaçao da pratica irregular.
Materiais e métodos

O universo estudado foi composto por 83 indivíduos do sexo masculino com idade entre 35 a 65 anos. No requisito coleta de dados foram coletados através de uma anamnese por meio do questionário PAR-Q, que visa colher informações sobre o histórico médico para inclusão na atividade física. Para a análise dos dados foi utilizado o (Δ%) para aplicar os resultados em percentuais, e utilizado a média estatística para dados como idade e resultados de IMC. No que se remete as medidas de estatura foram utilizada fita métrica previamente fixada a partir de uma plataforma de madeira. Para a determinação dessa medida o avaliado foi orientado a ficar descalço sobre essa base, com a postura ereta, pés unidos, membros superiores ao longo do corpo e cabeça orientada no plano de Frankfurt. O peso corporal foi mensurado utilizando-se uma Balança Sunbeam, sendo que para a obtenção desses valores o avaliado deverá também estar descalço e com o mínimo de roupa possível. A partir dos valores obtidos com as medidas de estatura e peso corporal, o IMC foi calculado para classificação dos indivíduos, de acordo com o quadro de pontos de corte para IMC: peso normal, sobrepeso e obesidade, proposto por Conde e Monteiro (2006). Para verificar a pressão arterial  (PA) foi realizada por esfigmomanômetro com aneróide (Solidor) em repouso. Os valores foram obtidos com uma média de três aferições consecutivas (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, 2007) na posição sentada; em repouso os valores acima de 140 mm/Hg para PA sistólica e 90 mm/Hg para PA diastólica deverão ser considerados elevados e/ou alterados.

Resultados e Discussão

Foi observado que 24,10 % dos indivíduos apresentam obesidade e 46,99% sobrepeso. Os resultados também mostram que 32,53% apresentam hipertensão arterial. No entanto, constatou-se que 55,43 % deste universo são praticantes de atividade física de 3 a 5 vezes por semana. E ainda, 44, 57% não atingem níveis desejáveis para se atingir um quadro de vida saudável. Deste modo nota-se que no grupo estudado existe um número considerável de pessoas inaptas para prática e sem acompanhamento de um profissional da saúde, e conseqüentemente se expondo a danos à saúde confirmando as estatísticas da OMS (2003).

Conclusões



Desse modo pode-se concluir que o exercício físico praticado por este grupo parece não estar adequado, mediante as alterações antropométricas e hemodinâmicas, pois os mesmos realizam essa prática sem orientação profissional e não seguem nenhum programa de treinamento específico ao nível de condicionamento físico e faixa etária que se encontram.



 Marcelo de Assis(Fundação Araucária-FAFIPA), Adriana Gallego Martins (Orientador), e-mail: marcelojw1@hotmail.com.

Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí/ Colegiado do curso de Educação Física – Paranavaí-PR.

Palavras-chave: Obesidade, Hipertensão Arterial, Atividade Física
  



Referências

CONDE, W. L; MONTEIRO, C. A. Body mass index cutoff points for evaluation of nutritional status in Brazilian children and adolescents. J Pediatr; 82:266-72, 2006.
NASCIMENTO, L.C .;MENDES, I. J. M. Perfil de saúde dos trabalhadores de um centro de saúde escola. Ver. Latinoam. Enfermagem.10(4):502-8, 2002.

OMS. Doenças crônico-degenerativas e obesidade: estratégia mundial sobre alimentação saudável, atividade física e saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Brasília, 2003.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. Consenso Brasileiro de Hipertensão Arterial. Campos de Jordão/SP, 2011.

STUMER, T.; HASSELBACH, P.; AMELANG, M. Personality, lifestyle, and risk of cardiovascular disease and cancer:follow-up of population based cohort. British Medical Journal, London, v.10, n.332, p.1359, 2006.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Integrated chronic disease prevention and control. Geneva, Switzerland: World Health Organization. Disponível em: <http://www.who.int/chp/about/integrated_cd/en/index.html>. Acesso em: 28 out. 2011.

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