ANTICONCEPÇÃO


                                                                                                    João Luiz Pinto Silva

Estatisticamente dados levantados pela pesquisa Nacional Sobre Demografia e Saúde nos revela que últimos anos tem mostrado um aumento na taxa de fecundidade entre as  adolescentes brasileiras de 10 a 19 anos. A mesma fonte aponta que 11,5%dos jovens com 15 anos, 42% aos 18 anos e 61% aos 21 anos, em 1996, já haviam iniciado a sua vida sexual, contra respectivamente 6,2% 25,55 e 44,5% nas mesmas faixas de idade, a 30 anos.  Nesse mesmo período 18% das adolescentes brasileiras já haviam tido um filho ou estavam gravidas, percentual mais elevado nas áreas rurais 24% do nas urbanas áreas urbanas que foi de 17%.

Contudo, aproximadamente metade das jovens de 14 a 19 anos, havia sido mãe sem nenhum ano de escolaridade e que 4% dos que tinham nove e 11 anos, haviam já engravidado alguma vez.   Conforme os dados apontados, tem gerado várias  reflexões para tentar explicar e conceituar quais a causas desses altos níveis. Nessa perspectiva podemos supor que esses problema pode ter vários fatores, dos quais vale salientar, a puberdade antecipada, inicio da vida sexual precocemente, conhecimento e divulgação de métodos contraceptivos, seu uso indevido, educação e a postergação do casamento como também o risco de gestações não planejadas e indesejáveis.
Partido desse principio, uma pesquisa realizada no ano de 1986 a 1996, na Maternidade do Centro de Atenção Integral a Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas, 4827 mulheres em trabalho de parto, das quais 72,88%  não usaram nenhum tipo de método anticoncepcional (MAC) , somente 10,88% por terem suspendido a proteção e 5,26% por terem apresentado intolerância ou inadequação ao método.

O uso de Anticoncepcionais

Considerando o contexto em que o jovem se encontra, na maioria das vezes eles estreiam sua vida sexual sem nenhuma proteção com um método anticoncepcional . A grande questão é que há uma imensa dificuldade que afetam o conhecimento e o uso do mesmo, em toda a população em geral.
Nesse meio os serviços de saúde começou a pouco tempo tomar esse problema com a responsabilidade de educar seus usuários para um melhor planejamento, tendo assim a possibilidade de incentivar e formular ações especiais e dirigidas aos adolescentes para atrair seus interesse em relação a prevenção.
Entretanto o que ocorre de fato é uma inadequação dos serviços disponíveis possibilitando a criação muitos obstáculos em relação da contracepção nesta etapa. Outro ponto a ser mencionado é que na maiorias das vezes o adolescente tem conhecimento da existências de contraceptivos, porém há um temor que eles possam prejudicar sua saúde, ou por não saber como fazé-lo, ou pela dificuldade em obté-los, ou por desejo de gravidez consciente ou inconsciente. Um tema a ver observado e o uso por parte daqueles que são praticam esporadicamente e imprevisíveis, sendo difícil o consumo regular de anticoncepcionais.
Mediante os fatos levantados, não podemos esquecer de mencionar o papal que os médicos e profissionais da saúde, assumem nessa situação, que muitas vezes é considerada como uma postura negativa, por haver um certa relutância em prescrever medicamentos desse porte para menores de idade e a mulheres solteiras. Porém isso esta ligado a princípios éticos e de bom senso por parte daquele profissional responsável, em aceitar ou não em prescrever ou atender o adolescente, pois é ele que vai avaliar se o jovem tem autonomia suficiente para não precisar da autorização dos pais ou responsáveis.
Contudo, na escolha do melhor método (MAC) temos que levar em consideração os aspectos biopsicossocial que está em cada adolescente, sendo assim não existe métodos ideais para todas as pessoas, mas sim forma individuais a cada um.
Para que esse procedimento seja eficaz, devesse basear em informações corretas e atualizadas, respeitando os critérios de cada, sendo importante frisar que temos que considerar  cada aspecto particular do método aplicado. Com isso a Comissão de Saúde publica do Adolescente, 1988, estabelece parâmetros de relevância que deve ser observado e adotados , dos quais consiste  de uma analise dos aspectos da idade ginecológica de cada individuo, a estabilidade do casal, consultas previamente antes do ato e depois, frequência das relações, existência de gestações anteriores, maturidade física e mental, exame clinico e ginecológico, a ciclicidade e regularidade menstrual, o custo e acesso do método a escolher, as pautas culturais e a presença de doenças crônicas

No entanto existem inúmeros métodos para evitar a gravidez , dos quais podemos ressaltar os naturais, que se baseia nos dias férteis, o billings, caracteriza pela observação de aspectos físicos, tais como a secreção ou a unidade vaginal, a tabelinha , que analisa os ciclos menstruais, o da temperatura basal, um método bastante refinado para o controle da ovulação, considerando ações térmicas do organismo da mulher e o de barreira ou mecânicos, são os famosos MAC, que dificultam o acesso do espermatozoide ao ovulo, impedindo a fecundação.
Outro método preventivo que podemos frisar é o uso de preservativos, tanto da parte masculina como da parte feminina, onde possibilita a prevenção de inúmeras doenças sexualmente transmissíveis , como também a ocorrência da jovem engravidar, tendo eficácia de 85 a 95 % de proteção.
Mas fora esses métodos, existem a possibilidade de se conferir outras forma de se evitar a gravidez, dentre elas podemos destacar o diafragma, que seria uma cúpula de borracha ou látex que se acopla ao colo do útero, tendo substâncias espermicidas que impedem a fertilização do ovulo, as esponjas, capuzes, espermicidas, ou também a utilização de métodos comportamentais como a abstinência sexual, coito e o sexo sem penetração vaginal, há também a necessidade de mencionar os métodos hormonais como pílulas hormonais combinadas, progestagenios de uso continuo isolado, os injetáveis combinados de estrógeno e progesterona, implantes que contem hormônios que são cronoliberados para a corrente sanguínea tendo efeito contraceptivo e os dispositivos intra-uterinos(DIU).
Caso esses métodos não tenham sido apropriados resta a utilização de anticoncepção de emergência(pílula do dia seguinte), porém há a possibilidade a utilização de dois métodos um contraceptivo e outro preventivo para melhor resultado e possivelmente evitar doenças e a gravidez .











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