SAIBA O QUE É FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA

1.6. Fosforilação oxidativa

Fosforilação oxidativa é o processo pela qual o ATP é sintetizado durante transferência de elétrons de FADH e NADH para o oxigênio molecular. A transferência de elétrons através do transporte da cadeia de elétrons localizada na membrana interna da mitocôndria provoca o bombeamento dos íons de hidrogênio ou prótons (H+) da matriz interna da membrana num espaço entre as membranas interna e externa da mitocôndria. A alta concentração de carga positiva de íons de hidrogênio faz com que os íons de H+ voltem para a matriz mitocondrial através do complexo proteico F0 – F1 que constitui uma força propulsora de prótons que é utilizada para guiar a síntese de ATP.

1.7. Armazenagem de carboidratos e lipídeos

Os carboidratos ficam armazenados no corpo como polímero de glicose chamado glicogênio. O musculo esquelético contém um estoque significativo de glicogênio no sarcoplasma. O fígado também possui glicogênio entre 80-100g.
Os lipídios são armazenados como triglicerídeos (triglicerol), principalmente no tecido fino adiposo branco. O triglicerídeos deve primeiro ser quebrado por uma enzima lipase para liberar ácidos graxos livres (FFA) na circulação para retirada através de trabalho muscular.
Além das considerações sobre o peso a ser carregado, essa quantia de carboidrato excedente a quantia total normalmente armazenada no fígado, musculo e sangue combinados.
As proteínas não são armazenadas, assim como as moléculas funcionalmente importantes (proteínas estruturais, enzimas, canis de íons, receptores, proteínas contráteis etc), e a concentração da maior parte de aminoácidos livres nos fluídos corporais intra e extracelulares é suficientemente baixa.
1.8. Métodos de estimativa do uso de substrato
Inúmeros métodos têm sido aplicados durante o estudo do metabolismo energético em animais e humanos. No entanto a RER, que é medida pela boca, é uma medição do quociente respiratório (RO), que é o quociente real da produção de dióxido de carbono e da utilização de oxigênio em nível celular.
Outros métodos fundamentam-se em amostras de tecidos e sangues obtidas antes, durante e após exercícios. As amostras sanguíneas podem ser utilizadas para determinar as concentrações que circulam para o abastecimento de substratos, como glicose, triacilglicerol, ácidos graxos livres, glicerol, corpos cetônicos, e aminoácidos.
Isótopos radioativos ou classificados naturalmente por substancias ingeridas ou injetadas, como a glicose, ácidos graxos ou aminoácidos, irão revelar taxas de retirada, oxidação ou clareamento quando gases expirados, sangue ou urina são analisados.
As técnicas de Microdiálise, recentemente desenvolvidas, aplicadas ao músculo e ao tecido fino adiposo, permitem a estimativa da troca metabólica e de substratos entre o fluido intersticial e o tecido envoltório. A principal limitação para essa técnica particular é o tempo necessário para a coleta de um volume suficiente do fluído diálise para a análise metabólica.
A técnica de ressonância magnética espectroscópica (MRS) pode ser utilizada para estimular trocas nas concentrações de fosfatos de alta energia e glicogênio (e pH) no musculo, e a tomografia de emissão de pósitron (PET) pode ser utilizada para revelar o metabolismo da glicose no cérebro.
1.9 Fatores que influenciam a utilização de fontes de energia durante o exercício
Vários são os fatores que influências na pratica do exercício, como por exemplo, o tipo de dieta nutricional, o modo a intensidade e a duração do exercício, o tipo de fibra muscular, se há ingestão de drogas, álcool e suplementos além de fatores do ambiente como temperatura e altitude. Sendo a disponibilidade do
substrato, disponibilidade do oxigênio, atividades das taxas-limite de enzimas e os níveis de hormônios no plasma, fatores que influenciam a utilização do substrato durante o exercício.
1.9.1 Intensidade e duração do exercício
O fator intensidade é um dos mais importantes, pois ele levara a fadiga muscular a partir de exercícios aeróbios e anaeróbios, onde o suprimento de oxigênio para o músculo depende deste fator, alem da duração do exercício, sendo determinante para o uso de substratos.
1.9.2. Tipo de Composição da Fibra Muscular
Alguns estudos mostram que os atletas de competições possuem maior porcentagem de fibras do tipo I, de lenta contratura, do que os atletas de velocidade, que possuem maior porcentagem de fibras do tipo II. A composição do tipo de fibra é, pois, um determinante da intensidade e duração dos exercícios que podem ser realizados por um indivíduo, dois fatores primários para o uso do substrato.
1.9.3. Dieta e Alimentação durante os Exercícios
As proporções de gordura e carboidrato nas dietas e a introdução de carboidratos durante a prática de exercícios podem influenciar significativamente a disponibilidade de substratos e sua utilização. Dietas ricas em carboidratos mantêm ou aumentam o músculo e o conteúdo de glicogênio presente no fígado e também aumentam a proporção de energia derivada de carboidratos durante exercícios.
A vitamina B12 e o ácido fólico são necessários para a produção normal de células vermelhas (eritrócitos) na medula óssea. Os minerais também são importantes. Por exemplo, o ferro é um componente essencial da hemoglobina, o pigmento da carga de oxigênio das células vermelhas sanguíneas; uma deficiência de ferro pode prejudicar a habilidade do sangue de transportar oxigênio.
1.9.4 O Treinamento
O treinamento por resistência aumenta a densidade da mitocôndria do músculo (efeito específico para os músculos trabalhados durante o treinamento), aumenta a densidade capilar, aumenta a área relativa da secção transversal das fibras do tipo I. O mesmo também garante aumento quanto á segurança do lipídio intramuscular ser uma fonte de energia durante o exercício. Esses e outros efeitos fisiológicos do treinamento (melhora na liberação de oxigênio para o funcionamento do músculo e alteração nas respostas hormonais aos exercícios. Tais adaptações contribuem para o desenvolvimento de capacidade no treinamento de resistência.
1.9.5 Exercícios prévios
 Intensidade e Duração;

 Esgotamento de Glicogênio;

 Recobertura insuficiente (menos de 24 horas);

 Carboidrato (diminuição) e Lipídeos (aumento);

1.9.6. Drogas
 Cafeína;


 30 minutos de exercícios / 70% de vo2 máx;

 Lipólise;

 Efeitos nerológicos / efeitos ergogênicos;

 Utilização de substratos em resposta aos exercícios.

1.9.7. Hormônios
 Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina);

 Disponibilidade de cargas de substrato;

 Cortisol e aumento hormonal;

 Equilíbrio hormonal e metabólico.

1.9.8 Fatores Ambientais

Temperaturas elevadas e desidratação influenciam no desempenho do exercício, devido ao fluxo sanguíneo para a pele e o volume reduzido de sangue, que reduz a liberação de oxigênio para o músculo levando a dependência de carboidratos para a manutenção da intensidade do exercício. Locais onde a pressão é menor que a do nível do mar também altera o fluxo de oxigênio para o músculo

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