INTRODUÇÃO
A
educação física é um vasto campo que pode proporcionar tanto aprendizagem
cognitiva quanto motora. Uma das formas de transmissão de conteúdo e
aprendizagem é através do esporte, sendo o mesmo considerado como agente
propiciador de interação social do aluno e responsável por fazer com que eles
se sintam motivados a aprender (SOUZA & RODRIGUES, 2007).
Entre
os diversos esportes pode ser citado o voleibol por apresentar diversas
vantagens. Entre elas a melhora de relacionamento entre os colegas e
desenvolvimento de várias capacidades físicas dos praticantes como: agilidade;
coordenação motora; velocidade e tempo de reação.
De
acordo com Borges (s/d) as aulas de voleibol para crianças e adolescentes
trazem objetivos que vão além de simples exercícios de gestos desportivos e/ou
movimentos táticos. Há todo um envolvimento educacional com os jovens
praticantes, um vínculo entre o estudo e a vida, o fortalecimento da livre
iniciativa e da auto-confiança.
Apesar
das diversas vantagens que esta modalidade pode ocasionar, é comum vê-la sendo
trabalhada nas escolas como forma de recreação, rendimento ou sem ter um
propósito na reflexão do indivíduo, isso quando é trabalhada.
Corroborando
com essa afirmação Barroso e Darido (2010) citam que:
trabalhar o esporte
na escola sem ter como propósito a reflexão do indivíduo, proporciona o
surgimento de situações que poderão ocasionar problemas, como a busca
incessante de talentos, treinamento esportivo na aula de Educação Física,
especialização precoce, exclusão dos menos habilidosos, desinteresse pela
prática esportiva, entre outros, sendo a Educação Física idealizada como modelo
de esporte de rendimento (p. 180).
Devem
ser ensinados técnicas e conceitos integradamente mostrando para os alunos que
tudo está interligado. O voleibol não é algo isolado, desmembrado de
responsabilidades com a formação das pessoas. Com ele as pessoas podem aprender
valores morais, serem autônomas, criativas, a pensarem melhor (SOUZA &
RODRIGUES, 2007).
Diante
disto, o objeto deste trabalho é de comparar e apresentar as diferentes
propostas, materiais, espaço físico e principais dificuldades encontradas no
ensino de voleibol das escolas públicas e privadas.
DESENVOLVIMENTO
O
presente estudo analisou quatro escolas do município de Paranavaí – Paraná,
sendo duas escolas públicas (Colégio Estadual de Paranavaí e Colégio Estadual
Professor Bento Munhoz da Rocha Neto) e duas escolas particulares (Colégio
Nobel e Colégio Paroquial Nossa Senhora do Carmo).
Foram
aplicados questionários abertos aos professores de Educação Física de cada
escola contendo as seguintes questões: “Por que e para que ensinar voleibol?”;
“O material e o espaço físico disponível são suficientes para realização desta
modalidade? Justifique”; “Qual(is) a(s) principal(is) dificuldade(s)
encontrada(s) para realização desta modalidade?”; “Há colaboração dos alunos
para prática da modalidade?”.
Em
relação à primeira pergunta sobre por que e para que ensinar o voleibol, houve
convergência entre as quatro escolas. Os professores mencionaram que deveriam
ensinar voleibol na escola por causa da socialização, qualidade física e também
por ser um conteúdo presente nas Diretrizes Curriculares Estaduais (DCEs).
Na
segunda pergunta que diz em relação aos materiais e espaço físico, os quatros
professores responderam haver matérias suficientes para a prática do voleibol,
entretanto foi evidenciado haver maior abrangência de matérias e melhor espaço
físico nas escolas particulares.
As
respostas da terceira pergunta sobre as principais dificuldades foram quase
unanimes ao dizerem que a maior dificuldade encontrada era o desinteresse pelo
voleibol, pois só querem jogar futsal e jogos recreativos. Apenas uma escola
particular mencionou não haver dificuldades na realização desse esporte.
Por
fim, na última pergunta que se trata da colaboração dos alunos, os professores
das escolas públicas responderam que há grande dificuldade de colaboração nas
aulas, principalmente por causa da falta de interesse dos alunos. Em contra
partida, os professores das escolas particulares mencionaram haver colaboram de
forma geral dos alunos, porém os poucos que não se interessam acabam
prejudicando o desempenho da aula.
CONCLUSÃO
Diante
das informações apresentadas, podemos concluir que a pensar de se tratarem de escolas
diferentes, tanto o motivo de se ensinar voleibol quanto as principais
dificuldades encontradas na realização da modalidade foram significativamente
semelhantes umas as outras. Entretanto as maiores diferenças entre as escolas
de rede pública com as particulares foram os materiais e espaço físico melhor e
mais completo apresentados nas escolas particulares do que nas públicas e a
colaboração dos alunos durante as aulas de voleibol também presentes nas
escolas particulares e maior dificuldade nas públicas. Podemos mencionar também
que o estudo atende as nossas expectativas em relação à diferença de materiais
das escolas e espaço físico das escolas públicas e particulares pelo devido
fato das escolas particulares obterem maior acesso e facilidade ao capital por
dependerem de si mesma do que as escolas públicas que dependem do governo,
mostrando, desta forma, que as escolas particulares têm maior capacidade de
trabalhar o voleibol do que as públicas, porém deixando bem claro que as
escolas públicas também devam abordar esse tema nas aulas de Educação Física.
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