PESQUISA DESCRITIVA
A pesquisa descritiva, parte do pressuposto que pode-se
melhorar as práticas e solucionar problemas por meio da observação. Além disso,
é muito presente na Educação e nas ciências comportamentais.
O estudo exploratório é o método mais utilizado, devido
ao uso de questionários, entrevistas pessoais, surveys pelo telefone e surveys
normativos. Esses surveys são técnicas que possuem o objetivo de estabelecer
práticas presentes ou opiniões de uma população específica. Dividem-se em
quatro técnicas de estudo: o questionário, o método Delphi, a entrevista
pessoal e o survey normativo.
O questionário consiste em questões feitas pelo
pesquisador aos sujeitos, para a obtenção de informações por meio das respostas.
É necessário que seja bem elaborado, pois algumas informações somente são
adquiridas dessa forma. Para isso, é definido oito passos no processo da
pesquisa: a determinação de objetivos, a delimitação da amostra, a construção
de questionário, a condução do estudo piloto, a redação da carta explicativa, o
envio de questionário, o acompanhamento e análise dos resultados e a preparação
do relatório.
Na determinação dos objetivos é preciso deixar nítido o
que será analisado, já que um questionário que não define seus objetivos
claramente, pode apresentar questões que não contribuem para a obtenção de
informações necessárias. Em seguida, o pesquisador deve especificar os sujeitos,
ou seja, a amostra, que se baseia em variáveis específicas que interferem na capacidade
de generalização dos resultados. Deve-se levar em consideração o tamanho dessa
amostra, porém, é mais importante a sua representatividade.
Para a elaboração de um questionário é fundamental se ter
em mente o objetivo específico de cada questão, para que estas, não sejam
confusas e ambíguas para o entrevistado.
Escolher o formato das questões é uma orientação válida,
pois pode interferir no resultado. Este formato pode ser com questões abertas,
que permitem aos entrevistados expressar sua opinião com mais liberdade,
podendo ser utilizadas para construção de questões fechadas. No entanto,
apresentam algumas desvantagens, ou seja, o entrevistado precisará de um pouco
mais de tempo, podendo ter mais dificuldade para respondê-las. Já as questões
fechadas, aparecem normalmente como ordenações, itens em escala e respostas
categóricas.
Uma ordenação exige que as respostas possuam uma ordem
correspondente a algum critério. Os itens ou respostas de escolha, exigem que
seja expresso o grau de concordância ou discordância, ou indique a frequência
relativa de algum comportamento. Ao contrário, as respostas categóricas não
apresentam muitas opções, limita-se em apenas duas escolhas, não necessitam o
mesmo grau informação.
Alguns questionários expõem perguntas que dependem da
resposta de outras questões. Borg e Gall sugerem que os questionários sejam
claros e precisos, com questões curtas que possuam apenas uma ideia para que
não exista contradições ou mal entendimento. Assim, recomenda-se a utilização
de itens positivos, pois afirmações negativas podem confundir o sujeito,
levando-o a responder diferente da maneira que acredita. Outro conselho é a
elaboração de perguntas que não influencie ou indique a resposta certa.
A devolução está diretamente ligada com a aparência e
formato do questionário, ou seja, se o questionário for mal elaborado e
planejado, não trará um resultado confiável e significativo ao pesquisador.
Para que o questionário seja respondido como o esperado,
sugere-se que o faça com clareza. É muito válido a inclusão do nome e o
endereço do investigador juntamente com instruções e exemplos aos itens mais
complexos. É importante que apresente ao sujeito primeiramente as questões mais
simples e fáceis. Do contrário o questionário pode não ser concluído.
Para o survey é indispensável o estudo-piloto.
Primeiramente, é comum pedir para poucas pessoas leia o questionário para fazer
observações relevantes sobre o questionário. Em seguida, escolhe alguns
entrevistados para uma segundo diagnótico do questionário. As questões e as
respostas são analisadas, visando perceber se os itens estão bem estruturados.
As questões podem sofrer alterações quando estão mal formuladas ou não são
respondidas. Após a restruturação do questionário o segundo estudo piloto analisará
e determinará se está adequado para o envio.
Juntamente com o questionário, elabora-se uma carta
explicativa que, de uma forma breve e profissional, deixa clara ao entrevistado
os propósitos e a importância da pesquisa, levando-o a cooperar resolvendo o
questionário.
Sugere-se que a privacidade e o anonimato sejam
respeitados. Se tiver o apoio de agências, associações ou instituições
especificadas na carta explicativa, de preferência em papel timbrado, a
cooperação dos entrevistados tende a ser ainda maior. A aparência da carta
explicativa e do questionário é fundamental para a receptividade do leitor.
Às vezes são utilizados recompensas e incentivos. Porém,
são anulados pela inflação, apresentando desvantagens, não benefícios
significativos.
Solicita-se um retorno, especificando a data no
questionário. No entanto, dificilmente todas serão devolvidas. Neste caso, se
aproximadamente 20% não devolveram o questionário, elabora-se uma segunda carta
para realçar a importância da resolução e devolução do questionário. Caso este,
não seja devolvido, é aconselhável que faça uma amostra dos não entrevistados
localizados. Entre estes são selecionados aleatoriamente alguns para obter as
informações. É comum fazer o contato por telefone ou carta explicativa especial,
para coletar as respostas e relacioná-las com o questionário das pessoas que
responderam e devolveram no prazo determinado.
Após a comparação, se as respostas são muito diferentes,
entre os que responderam e os que não responderam, é necessário entrevistar uma
maior parte dos que não responderam inicialmente, garantindo que essas
diferenças serão observadas ou esclarecidas no relatório da pesquisa.
Para não ferir o anonimato dos entrevistados é proposto
um número para cada sujeito. O nome do entrevistado fica registrado em outra
lista que não é exposta. Ao entregar o questionário contendo o número de
identificação se torna possível acompanhar os entrevistados que responderam e
não responderam o questionário. Outra maneira é enviando um cartão-postal, com
o questionário e um número particular. Quando é devolvido o questionário é
postada separadamente uma confirmação, pelo número de identificação, ao pesquisador
garantindo o anonimato.
O método para analisar os resultados deve ser definido no
planejamento do estudo. Porém, muitos questionários são analisados
superficialmente, sem uma interpretação significativa. Os questionários
precisam ser analisados com a mesma precisão dos estudos experimentais.
O método Delphi é diferente dos surveys típicos, pois
utiliza questionários com a finalidade de estabelecer uma concordância sobre o
assunto entre os entrevistados. Para isso, é necessário selecionar os especialistas
ou pessoas informadas sobre o assunto. As questões visam questionar suas
opiniões, metas, etc., podendo incluir questões discursivas para maior
expressão de ideias, ou seja, é mais exploratório, que corresponde ao primeiro
estágio no método Delphi, chamado de turno.
No primeiro turno, o questionário é revisado e devolvido
aos entrevistados para que observem e reconsiderem suas repostas. Os outros
turnos proporcionam ao pesquisador resumos dos primeiros resultados. A conclusão
é obtida após uma série de turnos, análises e julgamentos que propoem maneiras
de relacionar questões importantes.
A entrevista pessoal e o questionário possuem diferenças,
embora apresentem basicamente os mesmos passos. O que as diferenciam é a coleta
de dados que, torna mais válida a entrevista, pois as respostas são,
possivelmente, mais confiáveis e as devoluções são maiores. Além disso, para
realizar uma entrevista utilizam-se amostras menores. Caso alguém escolhido se
recuse a responder a entrevista, como em um estudo com questionário, o
pesquisador deve levar em consideração as alterações nos resultados. Para
preparar a entrevista deve-se seguir os mesmos processos de um questionário.
Durante a entrevista o pesquisador deve elaborar boas
perguntas e conduzir o entrevistado para que responda de acordo com o assunto.
A
entrevista, em relação ao questionário, apresenta outras vantagens. Entre elas
temos as questões de acompanhamento para esclarecer e reformular as perguntas
de acordos com o entrevistado para aumentar a validade dos resultados. Além
disso, tem predominado as entrevistas por telefone, devido a preferência de
alguns entrevistados e a área geográfica alcançada tem sido muito maior,
podendo também aumentar a validade da amostragem. Um meio que facilita na
entrevista por telefone é o uso de microcomputadores. No entanto, deve-se levar
em consideração que algumas pessoas não possuem telefone, as que possuem, por
diversos fatores, podem não estar em casa na primeira ligação.
Pouco descrito nos métodos de pesquisa, temos o survey
normativo que possui os mesmos passos do questionário, diferenciando-se na
maneira de coletar dados. Para avaliar os componentes das aptidões físicas, o pesquisador
escolhe testes mais apropriados para desenvolver normas para as diferentes
categorias.
A desvantagem para esse método está na seleção dos testes
e na padronização dos procedimentos de testagem, que podem causar generalização
por meio dos resultados, ou seja, pode-se generalizar incorretamente um item de
teste quando o escore para se medir um componente particular é inadequado.
Atualmente, é comum presenciar pesquisa que envolve
mudanças no comportamento ao longo dos anos. Esse estudo é feito por meio da
pesquisa desenvolvimental.
O pesquisador pode optar por acompanhar a mesma pessoa
por períodos. Esse estudo é denominado de longitudinal e visa proporcionar ao
pesquisador análise das mudanças que ocorreram em um determinado tempo com o
mesmo sujeito, porém essa pesquisa pode encontrar dificuldades para ser
concluída, pois o sujeito pode se acostumar com o teste, e este, interferir no
comportamento. Pode também acontecer do sujeito mudar de localidade ou falecer.
Outro estudo é chamado de transversal. É realizado em
menos tempo e analisam várias faixas etárias no mesmo período. O problema
encontrado está em certificar se todos os grupos etários correspondem a mesma
população, isto é, analisar se as circunstâncias que interferem atualmente em uma
faixa etária são as mesmas que influenciaram os sujeito anos atrás quando
tinham a mesma idade.
Embora apresentem algumas dificuldades, os estudos
longitudinais e transversais são vistos como pesquisa descritiva ou pesquisa
experimental, fundamentais no processo de pesquisa e capazes de analisar o
desenvolvimento.
Entre esses
problemas metodológicos na pesquisa desenvolvimental pode-se citar quatro:
escores não-representativos, Semântica não evidente, falta de fidedignidade e
problemas estatístico.
Os escores não-representativos são os mais comuns dentre
os problemas metodológicos, pois quando envolvem os extremos (criança e idosos)
apresentam complicações devido a distração, falta de concentração durante a
tarefa. Para amenizar o problema sugere-se que planeje um teste em um tempo
definido de acordo com o sujeito, oferecer condições que evitem distrações e
testar esses escores.
Outro problema bastante presente está relacionado com a
semântica. Esta, deve ser clara e adequada para todas as faixa etárias, isto é,
recomenda-se que seja as mesmas instruções, porém, quando destinada as crianças
devem ser elaboradas de uma maneira que elas compreendam.
A ausência de fidedignidade é o terceiro problema da
pesquisa desenvolvimental presente nos desempenhos das crianças mais novas.
Neste caso, quando se analisa a performance de uma criança, é necessário
perceber se esta compreendeu a tarefa e está motivada a desenvolvê-la. Quando a
criança é testada novamente, os resultados devem ser comparados e aproximados.
Por fim, temos os problemas estatísticos, por considerar
as mesmas variâncias para os grupos comparados. Isso significa que dependendo
da tarefa, as crianças podem desenvolvê-las apresentando maior ou menor
variância que outras por terem mais idade.
Para participarem da pesquisa essas crianças precisam de
uma autorização dos pais ou responsáveis. Nas escolas, para a aceitação de
estudo de pesquisa exigem que seja planejada, seja aprovada pelo comitê
universitário, pelo sistema escolar e pais ou responsáveis. Portanto, por ser
longo o processo é aconselhável começar bem antes do planejado, para então,
iniciar a coleta de dados.
Quando se apresenta uma necessidade de se aprofundar mais
em uma determinada situação, denomina-se de estudo de caso, presente na pesquisa
descritiva. Este estudo é um mais detalhado e rigoroso, ao contrário do survey,
envolve poucos ou somente um sujeito e coleta-se uma quantidade maior de
informações. Por meio dele pode-se compreender melhor outros casos semelhantes
e ser aplicado em pesquisas qualitativas para maior entendimento sobre os
problemas críticos de prática e ampliar o conhecimento dos diversos ângulos da
educação, educação física, ciência do exercício e ciência do esporte. Entretanto
é difícil o acesso a metodologia do estudo de caso e poucos cursos de métodos
de pesquisa e estudantes o utilizam.
O estudo de caso pode ser descritivo por detalhar os
fenômenos sem testá-los, dando suporte de dados para a pesquisa comparativa e
construção teórica subsequente.
Por ser também descritiva, mas ter a finalidade de
interpretar dados para classificar e conceituar informações, defina-se este
estudo de caso como interpretativo.
Outro tipo de estudo de caso é o avaliativo que visa
avaliar a importância de alguma prática, programa, movimento ou evento. Além de
possuir a característica de descrever e interpretar como nos outros tipos de
estudo de caso.
Para o estudo de casos são selecionados os sujeitos de
acordo com os critérios necessários e adquirir o máximo de informações. Essa
amostra é chamada por Chein (1981) de amostra proposital ou baseado no
critério, segundo Goetz e LeCompte (1984).
Possui a importância de aprofundar a visão e o
conhecimento de natureza geral e melhorar as práticas. Normalmente, é utilizado
para compreender o que deu errado. É maleável quanto a quantidade, tipos de
dados reunidos e aos procedimentos utilizados na coleta de dados. Estes, podem
ser em forma de entrevistas, observações ou documentos. Devido a naturezas
observadas e grande quantidade de informações a análise se torna intensa e
constante sendo que os dados devem ser classificados, categorizados e
interpretados. Contribui para formação de novas ideias e hipóteses sobre áreas
sem estruturas.
Nos estudos de caso em Educação Física tratavam de
níveis de aptidão física, visando definir os fatores que influenciam na baixa
aptidão ou força individual contribuindo com o conhecimento neste campo.
Um tipo de estudo de caso, é a análise de trabalho
para obter o máximo de informações importantes. Representa uma técnica que
indica a natureza de um trabalho e os tipos de treinamentos, preparação,
habilidade, etc., por meio de observações, questionários, entrevistas. Pode
apresentar descrições quantitativas quanto específicas do trabalho pela técnica
de análise sistêmica. No entanto, pode ser mecânica e possuir limitações referente
a falibilidade dos auto-relatórios e da memória.
A
pesquisa observacional é um processo descritivo que proporciona elementos para coletar
dados. Por meio dos questionários e entrevistas o pesquisador espera por
auto-relatos dos indivíduos. Entretanto, os sujeitos podem não responder
verdadeiramente, ocultando, negando informação ou respondendo da maneira que
achar mais adequado. Para isso, recomenda-se que o pesquisador observe a postura
da pessoa e a analise qualitativamente e quantitativamente. Além disso, deve-se
verificar quais os comportamentos que serão observados, quem será observado,
onde as observações serão conduzidas, etc.
As
observações dos comportamentos dependem do tema do problema e das definições
operacionais. Os sujeitos que serão observados no estudo devem ser descritos
pelo pesquisador e o ambiente onde acontecerão as observações pode ser natural
ou artificial, sendo que na área natural são mais presentes as influências
externas e no ambiente artificial conquista-se mais o controle e diminui as
distrações.
O pesquisador se responsabiliza por definir a
quantidade necessária de observações pelos estágios e as apresenta nas
definições operacionais. Leva-se em conta que os resultados são melhores quando
são feita várias observações e o ideal é que não seja somente um observador
para acompanhar o comportamento dos sujeitos.
O início das observações é determinado pelo
pesquisador, verificando dia da semana, horários, fase na experiência de
aprendizagem, estação do ano e outros fatores. É relevante que as
observações não interfiram nas atividades normais. Normalmente, alunos de
pós-graduação encontram dificuldades para estabelecer esses tempo para a
pesquisa observacional, por dedicar muito tempo as observações para obterem sozinhos,
resultados confiáveis.
Nestes
dados são aplicados técnicas para serem registrados. Entre elas temos o método
narrativo ou registro contínuo que permite o pesquisador anotar diariamente os
dados mais importantes durante as observações, porém é pouco eficiente e lento.
Outra
maneira é utilizando o método de contagem de frequência, em que é registrado os
comportamentos juntamente com a frequência em que ocorre em um determinado
tempo. Quando se torna difícil contar essa frequência, aplica-se o método de
intervalo para registrar os comportamentos em determinado intervalo de tempo
podendo ser aleatório ao invés de uma observação contínua. Já o método de
duração, cronometra a quantidade de tempo que o individuo permanece envolvido
em um comportamento particular em uma determinada tarefa ou fora dela.
Para
que o pesquisador evite registrar o comportamento, enquanto este acontece, é
utilizado o videoteipe. Este, capta vários comportamentos simultaneamente,
podendo revê-los quantas vezes forem necessárias para o observador avaliar e
arquivar um registro permanente. Contudo, este instrumento pode provocar certo
incomodo devido a iluminação e posicionamento e também, influenciar o sujeito a
não se comportar naturalmente.
Para
se realizar uma pesquisa observacional, o pesquisador deve definir o
comportamento a ser observado para que seja eficaz. Para esse tipo de pesquisa
é preciso um treinamento adequado para se observar a prática. Outra situação é pedir
que o pesquisador faça conclusões precisas diante de comportamentos que não são favoráveis para
essa análise, podendo reduzir a fidedignidade das avaliações.
Além
dos métodos de questionários, estudos de caso e observação temos as técnicas
não-intrusivas de pesquisa que mantém o pesquisador observando sem que os
sujeitos percebam. Assim, de uma forma não-reativa o pesquisador coleta dados sem
interferir na privacidade dos sujeitos.
Diferentemente
da pesquisa experimental, temos a pesquisa correlacional que não interfere nas
variáveis ou administra os tratamentos experimentais. Definem-se as relações
entre as variáveis quando coletam dados sobre duas ou mais variáveis nos mesmos
indivíduos.
Os
métodos utilizados no estudo correlacional são os mesmos utilizados em outras
pesquisas. É proposta a definição dos problemas e as variáveis que serão
correlacionadas. Os sujeitos representam a população que o estudo refere-se. O
tamanho do coeficiente de correlação depende da variabilidade dos escores. Para
serem correlacionados, os escores precisam ser quantitativos. A análise dos
dados pode ser realizada por diversas técnicas estatísticas. A coleta exige
atenção aos detalhes podendo utilizar vários métodos para este fim, como testes
de performance física, medidas antropométrica, entre outros.
Suas
limitações relacionam com as do planejamento e da análise. Uma falha comum
nesta pesquisa é deixar de fazer as associações e somente propor a causa e o
efeito.
ANÁLISE CRÍTICA SOBRE A PESQUISA
DESCRITIVA
A pesquisa descritiva visa melhorar as
práticas e solucionar os problemas por meio diversas técnicas. Entre elas temos
o survey, que compreende os questionários e as entrevistas destinados a uma
população específica para obtenção de opiniões e informações importantes que
serão analisadas.
No
entanto, em uma pesquisa é fundamental que o pesquisador deixe nítido os
objetivos e desenvolva uma metodologia adequada. É proposto que seja definido o
formato das questões, e estas, sejam bem planejadas e estruturadas para que os
sujeitos específicos compreendam e colaborem com a pesquisa, fornecendo
resultados confiáveis. Esses cuidados são relevantes, pois diante da entrevista
ou questionário, as pessoas podem não compreender o que se pede, não se sentir
motivado a cooperar ou apresentar falsos dados por não sentirem confortáveis em
responderem o que realmente pensam sobre o assunto.
Além disso, juntamente com um questionário
bem elaborado, aconselha-se a produção de uma carta explicativa apresentando os
objetivos da pesquisa e deixando claro o respeito à privacidade e anonimato,
para que os entrevistados percebam a seriedade da pesquisa e contribuam
significativamente.
Quando refere-se a observações para analisar
o comportamento, designa-se de pesquisa desenvolvimental. O pesquisador pode
optar pelo estudo longitudinal ou transversal atentando-se aos problemas
metodológicos.
Pode-se optar pelo estudo de caso, quando
visa o aprofundamento desse assunto, pois resulta em maiores informações, sendo
mais rigoroso e detalhado. Porém, é pouco utilizado devido a dificuldade em
localizar materiais que disponibilizem a metodologia do estudo de caso.
Diante disso, pode-se perceber que o
planejamento, elaboração e esclarecimento de objetivos, formato e
desenvolvimento de questões adequadas, são essenciais para se adquirir
informações confiáveis para análise. Quando iniciar observações dos
comportamentos, deve-se evitar chamar a atenção do sujeito para que seu
comportamento natural não seja alterado devido a presença do pesquisador. Deste
modo, sempre que houver o contato com as pessoas selecionadas, sugere-se proporcionar
um diálogo em que esclareça as possíveis dúvidas, a importância e as metas da
pesquisa. Sendo assim, melhores serão as cooperações e, consequentemente,
adquirirá informações que favorecerá o estudo.
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